
Fotografia: Reprodução/Canva
Acessibilidade: um desafio para os goianos
Garantir acesso a todas as pessoas é mais que um favor, é uma responsabilidade
Erick Silva
Só quem tem que lidar com a falta de estruturas adaptadas para atender suas necessidades especiais de mobilidade, compreende a importância de se discutir a temática da acessibilidade em Goiânia.
Se deparar com cenas como elevadores do transporte coletivo quebrados e cadeirantes sendo deixados para trás nos pontos se tornou algo comum na capital goiana.
Encontrar deficientes visuais com dificuldades para se locomover nas calçadas irregulares da capital sem tropeçar é ainda mais difícil. Uma realidade que para muitos parece distante, mas para aqueles que enfrentam diariamente este cenário é algo simplesmente desafiador.
A ausência de consideração por aqueles que deveriam nos garantir o direito a acessibilidade é uma afronta aos direitos humanos. Ser limitado a ficar em casa por falta de estrutura em sua cidade para se locomover, é uma realidade triste e revoltante.
O eng. civ. Augusto Fernandes, é um cadeirante que enfrentou os desafios de se locomover em Goiânia. Relata que seu período na faculdade foi desafiador, onde não encontrava estruturas preparadas para atender suas necessidades, como cadeirante.
"Todas as dificuldades que já enfrentei serviram de motivação para eu ser um profissional dedicado a tornar os locais mais acessíveis. Quando eu fiz a faculdade, por exemplo, eu tinha que me adequar ao prédio. Agora, o entendimento é o contrário: as edificações precisam se adaptar às nossas necessidades", relata o engenheiro.
As normas de acessibilidade são revistas a cada dez anos e para que possamos pensar em um futuro mais acessível, é necessário ficarmos atentos e levarmos essas reivindicações ao poder público, para que por meio dele, nossos profissionais, das engenharias, arquitetura entre outras áreas, possam elaborar estratégias para melhorar a mobilidade da capital, permitindo a livre circulação de pessoas com necessidades especiais.