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Ciência

Estudo da UFG aponta aumento no uso de transporte individual em Goiânia

Os resultados da pesquisa, realizada em 2022, mostraram que a maior circulação desses automóveis ocorrem na zona sul e central

Tainá Mariano

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 Transporte coletivo é preferência em Goiás, segundo estudos da UFG. | Foto: Banco de Imagens do Pixabay

A mobilidade urbana na Capital goiana sofreu alterações significativas entre os anos 2000 a 2019. O deslocamento com transporte individual cresceu de 35% para 59,6%, enquanto o transporte coletivo decaiu de 37.7% para 37,1%, já as bicicletas aumentaram de 4.2% para 12%. Os resultados dos estudos foram divulgados no dia 5 de junho pela Universidade Federal de Goiás em parceria com a prefeitura de Goiânia.

 

A pesquisa obteve respostas tanto das classes sociais mais baixas quanto das mais altas, abrangendo assim os extremos, o que demonstra um maior desempenho no estudo. Contou com 9.130 respostas: 88.1% de Goiânia e 7.5% de Aparecida de Goiânia.  Houve também participação de moradores de Senador Canedo, Trindade e Goianira. 

 

O estudo ainda utilizou como fontes uma pesquisa realizada em 2021 via internet com os usuários de transporte público e coletivo; e também a bilhetagem de transporte público através do histórico de passagens dos indivíduos.

 

Além disso, constatou que as vias com deslocamento para o trabalho tendem a ser mais movimentadas, pois o fluxo é tanto por transporte coletivo quanto individual. Essas vias concentram-se na região sul e central. Por outro lado, o deslocamento para estudar é mais espalhado, gerando assim menos congestionamento.

Estigma

Goiânia é a terceira capital com maior taxa de carros per capita, isto é, há 80 veículos a cada 100 habitantes, ficando abaixo apenas de Belo Horizonte e Curitiba. De acordo com as respostas obtidas pela pesquisa, a maior parte das pessoas preferem o transporte coletivo pelo custo, enquanto as que optam pelo transporte individual dizem prezar primordialmente pela rapidez e agilidade, e, em segundo plano, pelo conforto.

A pesquisa perguntou ainda sobre a satisfação com o transporte público goianiense. Aqueles que não utilizam deram mais respostas negativas; enquanto os que o utilizam deram mais respostas positivas, levantando assim uma reflexão a respeito do estigma associado ao transporte público, como afirma Poliana Leite, pesquisadora do estudo e mestre em transportes.  

O coordenador da pesquisa, Ronny Aliaga, professor doutor da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT) da UFG, ressalta a importância da iniciativa para o planejamento urbano da capital: "Há mais veículos percorrendo as ruas do que pessoas. A maior parte da quilometragem das vias é utilizada e planejada para automóveis e não para os cidadãos”, afirma.

Os pesquisadores também comentaram sobre a dificuldade na produção da pesquisa, devido ao atraso no processamento dos dados e à dificuldade em obter respostas da população por meio do censo demográfico. Isso ocorre porque há situações em que as pessoas se recusam a responder a pesquisa por motivos diversos ou por não estarem em casa no momento da entrevista.

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