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Cultura

Universidade Federal de Goiás retoma projeto cultural com a presença de Majur

A UFG realizou, em junho, no Centro de Cultura e Eventos, a volta do projeto “Música no Campus” com a participação da cantora e compositora Majur

João Vítor Bueno Rabelo

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 Majur brilha no palco e celebra a diversidade. | Foto: Júlia Borges e Rafael Lima, Ascom, UFG 

“Foi demais estar aqui com vocês. Eu estou impactada. Foi a maior energia que eu já tive. Parabéns a todos e obrigada por estarem aqui comigo”. disse Majur.

A cantora e compositora baiana Majur dos Santos Conceição, ou apenas Majur, em turnê de lançamento do seu segundo álbum de estúdio, intitulado “ARRISCA”, se apresentou na Universidade Federal de Goiás, na retomada do projeto “Música no Campus”. Ela expôs sua alegria ao dizer que encontrou nos espectadores goianos, e no público da UFG, exatamente o que quis passar em seu álbum.

A artista brilhou no show ao cantar e dançar músicas de amor, diversidade, empoderamento, religião e liberdade, arrancando gritos e lágrimas da plateia, que clamou por mais e celebrou a presença da artista na UFG. “Majur! Majur! Majur!”. Ela, por sua vez, se emocionou de volta com o carinho do público, que gritava seu nome, e chorou também. “Vocês estão me fazendo a mulher mais feliz do mundo. Obrigada”.

Majur, que é formada em Design Visual, destacou a importância do estudo na sua trajetória musical e na formação de sua identidade, abordando sua própria experiência como uma criança que cresceu em comunidade, em Salvador, e acessou o sistema por meio de projetos sociais.

"A faculdade e os estudos me possibilitaram sempre descobrir mais e eu sou apaixonada por tentar descobrir mais sobre mim. A Universidade fez exatamente esse processo, eu pude ver tantas pessoas completamente diferentes e fora da minha realidade. [...] E eu criei a imagem da Majur dentro do curso de Design, na matéria de semiótica, que também me fez descobrir que eu era uma mulher trans"

O público

Enquanto isso, no público, a euforia e a alta expectativa tomaram conta da diversificada plateia que formava o recinto. A empolgação de quem já conhecia e se identificava com o trabalho de Majur era evidente, principalmente quando era levada em pauta a primeira ida daquelas pessoas ao evento, assim como a acessibilidade deste projeto.

Para Lilian Mariano, que frequentou diversas edições anteriores do “Música no Campus”, mas não conhecia a artista, a empolgação era a mesma. “É muito bom poder experimentar uma nova experiência cultural que a UFG proporciona por meio desse evento. Estar aqui é sempre bom para conhecer artistas que não fazem parte da minha playlist e, como o evento é muito acessível, é aquilo que você pode, literalmente, pagar para ver e participar”.

Incentivo Governamental

A UFG, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, retomou o projeto “Música no Campus” que, vigente por dez anos (2009-2019), foi interrompido pela crise sanitária do Covid-19, chegando a acontecer de forma remota, em 2021.

 

Quatro anos depois de sua última edição presencial, neste ano de 2023, o evento reabriu suas portas presencialmente para os discentes, docentes, técnicos e público externo da Universidade com o propósito de valorizar, difundir e democratizar a música brasileira.  

A pró-reitora de Extensão e Cultura, Prof.ª Luana Ribeiro, apontou a satisfação da equipe de organização em retomar este projeto e constou que um dos grandes diferenciais desta edição, com relação às outras, foi o incentivo governamental. “É a primeira vez na grande história deste projeto que ele tem recurso público. Ele passou na Lei Goyazes e tem apoio da Secretaria de Estado da Cultura”. 

Angelita de Lima, reitora da Universidade Federal de Goiás, foi responsável por anunciar a atração da noite e abordou a importância de o corpo institucional promover lazer e acesso à cultura. “Na UFG, cultura é inclusão. Na UFG, cultura é alegria. Na UFG, cultura é arte”.

Majur finalizou o show cantando junto ao público um de seus maiores sucessos musicais, “AmarElo”, parceria com Emicida e Pabllo Vittar. “Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. O trecho, originalmente composto por Belchior, em “Sujeito De Sorte” e, em 2019, interpretado por Majur, trouxe grande significação para a comunidade queer e negra, que pôde encontrar, através da letra, uma mensagem de pertencimento e identificação que permaneceu no coração e na memória de cada um que pisou no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás.

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