Mercado Central
Vinicius Pontes
É comum que o visitante do Mercado Central seja assaltado assim que coloca o pé lá dentro. Seu nariz, boca, olhos e dedos são tomados de si e levados por uma infinidade de cores, sabores, cheiros e texturas diferentes. As pessoas não visitam o Mercado, elas o sentem.
As cores das pimentas e das flores, as texturas do artesanato de palha e de barro, os cheiros do tabaco e das especiarias. Cada passo dado é um sentido que lhe é tomado. Um canto de Goiás visitado. Um causo contado.
Essa imensidão de sentidos concentrado em um espaço tão pequeno pode deixar o visitante tonto e perdido com tanta informação. Mas quando ele se acostuma a tudo, cerra os olhos, aguça o nariz e apura o tato, cada centímetro quadrado do Mercado se torna um mundo surpreendente.
O Mercado Central de Goiânia nasceu nos anos 1950, na Avenida Anhanguera, e só foi para a Rua Três, onde está até hoje, em 1986. A história do Mercado se confunde com a história da própria cidade, ele é um pequeno mostruário da cultura do estado, lá se encontra de tudo um pouco, o que o goiano quiser, no mercado tem.
São 120 bancas que vendem frutas, artesanato, especiarias, fármacos, carnes, grãos, e uma infinidade de miudezas diferentes. Não é à toa que o mercado resiste ao surgimento de super e hipermercados. Aqui, o cliente só leva o que quer e na quantidade que deseja, ele sabe da procedência e conversa diretamente com o dono da mercadoria. Além do produto, daqui também se leva amizade, confiança e experiências para o resto da vida.









Estas fotos foram produzidas dentro da disciplina de Fotojornalismo e orientadadas pela professora Carolina Dayer Paraguassú, em 2012.
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