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Tecnologia

Lançamento do ChatGPT 4.0 e a importância da ética na expansão da IA

Lançamento do ChatGPT 4.0 gera preocupações sobre o impacto da expansão da IA na sociedade, convidamos o professor de ciência da computação Carlos Henrique do Instituto de Informática da UFG para falar mais sobre o assunto

Ana Júlia Mendes 

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Imagem da logo do ChatGPT 4.0 da OpenAI (Fonte: Retirada da internet)

No mês de março de 2023, a OpenAI, empresa de pesquisa em inteligência artificial, anunciou o lançamento do ChatGPT 4.0, uma versão aprimorada de seu modelo de chatbot alimentado por uma grande quantidade de dados e algoritmos.  O lançamento oficial ocorreu de forma virtual e, atualmente, a ferramenta está sendo disponibilizada apenas para assinantes do ChatGPT Plus. 

 

A nova versão foi projetada para entender e responder a uma ampla variedade de perguntas, abrangendo tópicos diversificados, como notícias, ciência, cultura, entretenimento e muito mais, além de cumprir funções de atendimento ao cliente, assistência digital e suporte técnico. No entanto, essa evolução tecnológica tem gerado preocupações em relação ao seu impacto na sociedade e à necessidade de uma abordagem ética com a expansão e desenvolvimento desse campo da ciência da computação nos últimos tempos.

Para elucidar essa questão, bem como maneiras de trabalhar a ética na utilização dessas ferramentas, convidamos o professor e doutorando em ciência da computação do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG), Carlos Henrique Rorato.  

 

Primeiramente,  Carlos explica que a inteligência artificial nos cerca através de aplicativos e serviços digitais presentes no nosso dia a dia, pois são elementos que usam técnicas de Inteligência Artificial (IA) em maior ou menor grau.

“Esses serviços que tem surtado discussão como o ChatGPT e outros, surgem e são colocados, principalmente, com o propósito de facilitar a nossa vida, otimizar tarefas do nosso cotidiano que seriam mais trabalhosas e demandariam mais esforço. Então, é uma ferramenta que entra no intuito de facilitar a nossa vida com um potencial que talvez nós não tínhamos visto até então enquanto serviço que é disponibilizado para nós, mas de fato com esse objetivo”, ressalta.

É crucial que a inteligência artificial seja guiada por princípios éticos sólidos. Quanto a isso, o professor Carlos Henrique ainda delimita que o tratamento das informações deve obedecer a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais de n° 13.853, de 2019, e que a ética deve ser trabalhada, no caso de ferramentas como o ChatGPT, em dois momentos:

 

  • O primeiro momento, de acordo com o cientista da computação, seria o do tratamento dos dados. Desde os dados utilizados para o treinamento supervisionado de sistemas de inteligência artificial aos dados coletados das pessoas que utilizam o sistema. É importante que haja a autorização dessas pessoas, como no caso da geração de imagens artísticas, os artistas que produziram a obra original autorizaram o seu uso em IA's? Exemplifica Carlos.

 

  • O segundo momento seria a partir dos resultados produzidos pela inteligência artificial, é preciso tomar cuidado para que eles não reproduzam ideais preconceituosos e  a violência. A ética deve estar presente em todas as etapas do desenvolvimento de IA's, sobretudo, nessas duas.

 

Embora a inteligência artificial tenha o potencial de transformar e até acabar com muitas profissões, ela também pode criar novas oportunidades. Ao ser questionado sobre qual seria, então, a "profissão do futuro?", Carlos Henrique nos apresenta um outro panorama.

 

“Talvez alguém diria que a profissão do futuro seria a daqueles que desenvolvem os sistemas de inteligência artificial, mas eu penso que essa profissão é a profissão do presente e essas mudanças estão acontecendo graças a essas pessoas. Agora, eu penso que todas as profissões em maior ou menor grau vão precisar ser repensadas a partir da inteligência artificial como aliada. Então, como é que nós vamos redesenhar as nossas funções?Isso em todas as profissões a partir do uso da inteligência artificial como ferramenta que veio para ajudar a otimizar, para facilitar. Eu penso que talvez seja nesse sentido”, conta.

 

À medida que o novo ChatGPT e outras IA's avançam, é fundamental um debate amplo e aberto sobre seu impacto na sociedade, para que possamos orientar seu desenvolvimento de forma responsável. Apesar das preocupações, a inteligência artificial tem o potencial de transformar positivamente nosso mundo, desde que seja devidamente utilizada e acompanhada por uma abordagem ética e responsável.

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